Atletas assinam carta contra banimento de trans

Um projeto de lei apresentado pelo deputado republicano Gregory Steube (Flórida), está causando preocupação nos defensores dos direitos humanos. O projeto da “Lei de Proteção de Mulheres e Meninas no Esporte de 2023” visa o banimento de trans do esporte já que pede a proibição federal de meninas e mulheres trans participar de “esportes para mulheres e meninas”. Em contrapartida, 40 atletas profissionais, incluindo não LGBTQIA+ assinaram uma carta aberta contra o projeto de lei.

Organizada pela Athlete Ally, entidade que tem como missão “acabar com a homofobia e a transfobia desenfreadas no esporte e estimular a comunidade atlética a exercer sua liderança para defender a igualdade LGBTQIA+”, a carta defende que “todas as crianças devem ter acesso ao poder salvador dos esportes”.

Nossa esperança mais profunda é que as crianças transgênero e intersexuais nunca tenham que sentir o isolamento, exclusão e outros que o HR 734 está tentando consagrar na lei

Trecho da Carta Aberta contra o banimento de trans do esporte

Para a organização os direitos trans e intersexo estão sob ataque e que essas barreiras adicionais negarão às crianças o acesso a benefícios significativos para a saúde física e mental. Além de citar que o projeto de lei que visa o banimento de trans do esporte “não protege as mulheres no esporte”, o manifesto ainda encoraja que legisladores dar atenção a políticas que realmente promovam a igualdade, tais como pagamento igualitário, fim do abuso e maus-tratos e falta de acesso e equidade para por questões raciais ou de deficiência.

Assinaram a carta manifesto nomes como Abby Dunkin, medalhista paralímpica de ouro no basquete em cadeira de rodas; a jogadora de futebol Megan Rapinoe; a triatleta Chris Mosier; o jogador de rubgy Devin Ibanez, a remadora olímpica Esther Lofgren, Gwen Berry, do arremesso de martelo; Johnny Stanton do futebol americano; a jogadora de basquete Layshia Clarendon; a canoista Pam Boteler; a nadadora paralímpica Sophia Herzog-Gibb; o boxeador Patricio Manuel, entre outros.

O caso não é isolado. De acordo com a Human Rights Campaign mais de 190 dos projetos de lei anti-LGBTQIA+ em 2023 restringem especificamente os direitos das pessoas trans.