A conquista da medalha de ouro de Rebeca Andrade no Solo em Paris 2024 está cheia de predicados que fazem deste um momento histórico nos Jogos Olímpicos. Confira abaixo algumas marcas importantes alcançadas:
Ao subir no lugar mais alto do pódio, Rebeca Andrade se tornou a brasileira com maior número de medalhas conquistas em Jogos Olímpicos, entre homens e mulheres. A ginasta chegou em Paris com duas conquistas (ouro no Salto e prata no Individual Geral em Tóquio) e fez história ao conquistar quatro medalhas nesta edição da Olimpíada: ouro no Solo, prata no Salto e no Individual Geral e bronze na disputa por Equipes.
O ouro foi ainda a primeira derrota de Simone Biles no solo em competições internacionais em toda a carreira. A ginasta dos Estados Unidos foi ouro na Rio 2016 e nos mundiais de 2013, 2014, 2015, 2018, 2019 e 2023. “Amo a Rebeca. Ela é absolutamente incrível como pessoa e como ginasta. Acho que a longevidade dela no esporte será grande e estou ansiosa pra ver o que ela conseguirá daqui pra frente”, afirmou Biles após o pódio em Paris.
Outra marca importante foi que pela primeira vez a Ginástica Artística viu um pódio formado apenas por mulheres negras em uma edição de Jogos Olímpicos. O fato já havia acontecido no Mundial do ano passado e foi celebrado pela brasileira:
A gente já tinha feito isso no Mundial e poder repetir agora numa Olimpíada, onde o mundo inteiro está vendo a gente é mostrar a potência dos negros. Eu me amo e amo a cor da minha pele.
O fato inédito também foi celebrado por Daiane dos Santos, campeã mundial no Solo em 2003. “É pra gente lembrar e observar a importância da pessoa preta pro esporte brasileiro e mundial. Ano passado a gente teve o primeiro pódio completamente com meninas negras e hoje a gente teve o mesmo pódio no cenário olímpico”, afirmou durante o programa Mais Você da TV Globo.
Lembrando os ataques racistas que Simone Biles sofreu em Paris 2024 por conta do seu cabelo, Daiane fez um forte desabafo no programa: “No momento em que a gente vive tantos ataques de preconceito racial… Pra pedir pras pessoas pararem de observar a cor da pele e observar o talento. Rebeca falou que representa a todos, mas a representatividade de 56% de uma nação que é excluída, que é subjugada. Que muitas vezes quando ganha é pertencente. E quando não ganha?”.
Fala importantíssima da Daiane dos Santos! 🥺💖 #GlôNasOlimpíadas #JogosOlímpicos #Paris2024 #MaisVocê pic.twitter.com/2CnWmgLL92
— TV Globo 📺 (@tvglobo) August 5, 2024
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