Criado para a cerimônia de abertura da EuroPride 2016, o “Vestido arco-íris de Amsterdam” é uma obra de arte em forma de vestido que tem o objetivo denunciar os países que criminalizam LGBTs. Com diâmetro de mais de 16 metros tem as bandeiras dos 71 países em que ser LGBTQIA+ é punido por lei, incluindo oito onde há pena de morte como sentença. Os criadores dessa peça de moda ativista foram Mattijs van Bergen, Arnout van Krimpen, Jochem Kaan e Oeri van Woezik.
Desde a sua criação o vestido já passou por diferentes países do mundo, participando de importantes eventos da comunidade LGBTQIA+. Por exemplo, em 2017 foi exposto no Ministério de Relações Exteriores em Haia, na Holanda, por conta do Dia Internacional da Luta contra a LGBTfobia. No mesmo ano foi exposto em cidades como Nova York e San Fracisco, nos Estados Unidos. No ano seguinte (2018) ficou exposto no Parlamento Europeu, na Bélgica, e percorreu Paradas do Orgulho LGBTQIA+ pelo mundo, como Atenas (Grécia), San Francisco (EUA), Madri (Espanha) Seul (Coréia do Sul), Estocolmo (Suécia). Sua primeira visita ao continente africano, ainda em 2018, foi para marcar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, onde ficou exposto na Embaixada Holandesa em Pretória (África do Sul).
Em 2019 esteve presente na World Pride de Nova York, que celebrava os 50 anos da Revolta de Stonewall, importante marco na luta pelos direitos da comunidade. Dois anos depois esteve na WorldPride de Copenhagen (Dinamarca) e acaba de desembarcar em Sydney, onde acontece a próxima WorldPride, em fevereiro de 2023. Na cidade australiana foi modelo pela atriz, crítica de teatro e mulher trans de Sydney, Suzy Wrong, para destacar a discriminação que os membros da comunidade trans e de gênero diversos enfrentam.
“É um privilégio trazer o vestido para a Austrália pela primeira vez para marcar a Sydney WorldPride. O vestido arco-íris de Amsterdam é um símbolo de liberdade – a coisa mais preciosa que temos. A escolha de excluir pessoas LGBTQIA+ da proteção legal não coloca em risco apenas a comunidade, mas a sociedade como um todo”, explicou Arnout Van Krimpen, da Amsterdam Rainbow Dress Foundation.
Quando há mudança na legislação local que passa a proteger a comunidade LGBTQIA+, a bandeira do país é substituída por uma do arco-íris. Foi o caso de Angola, Botsuana, Belize, Butão, Índia, e Trinidad e Tobago. Ainda são países que criminalizam LGBTs:
Singapura
Uganda
Catar
Ilhas Maurício
Comores
Gana
Turquemenistão
Camarões
Palestina
Namíbia
Egito
Afeganistão
Marrocos
Dominica
Senegal
Maláui
Samoa
Quênia
Malásia
Usbequistão
Etiópia
Papua Nova Guiné
Sudão
São Vicente e Granadinas
Ilhas Cook
Emirados Árabes Unidos
Maldivas
Suazliândia
Brunei
Antigua e Barbuda
Zimbabué
Tanzânia
Togo
Tunísia
Mianmar
Kuait
Iraque
Guiana
Guiné
Iêmen
Jamaica
Granada
Tonga
Arábia Saudita
Eritreia
São Cristóvão e Neves
Omã
Irã
Quiribati
Tuvalu
Líbano
Nigéria
Indonésia
Barbados
Paquistão
Gâmbia
Argélia
Burundi
Ilhas Salomão
Serra Leoa
Mauritânia
Santa Lucia
Síria
Líbia
Libéria
Chade
Sudão do Sul
Zâmbia
Somália
Sri Lanka
What do you think?