Um dos retornos mais esperados desta edição paralímpica era de Verônica Costa. Medalhista na Rio 2016, a atleta ficou de fora dos jogos em Tóquio. No seu retorno aos Jogos Paralímpicos queria ter chegado ao pódio, mas acabou ficando na 7a posição nos 200m (T36) do atletismo.
Era muito importante isso pra mim, porque o esporte paralímpico é sempre muito deixado de lado. Eu queria ganhar essa medalha por todo mundo que acreditou em mim.
Ela chegou a fazer bem os 100 primeiro metros da prova, quando estava na briga por medalhas, mas um barulho a distraiu e acabou sendo ultrapassada pelas adversárias. “Quando vi elas passando, eu só queria sentar, chorar, gritar, porque treino todo dia para estar aqui, assim como todo mundo”, lamentou depois da prova.
Verônica teve um ciclo complicado até Paris, passando por cirurgia na cabeça para retirada de tumor cerebral e tratamento com radioterapia que a levaram a ter depressão e ansiedade. E mesmo passando por uma hemorragia gastrointestinal na semana anterior a Paralimpíada chegou forte para a disputa.
“O que mais escutei é que eu deveria me aposentar, que não tinha por que um corpo como o meu estar correndo”, afirmou a atleta sobre seu retorno aos Jogos Paralímpicos.
Mas ela ainda terá duas chances de conquistar a sonhada medalha em seu retorno, já que ainda disputará as provas dos 100m T36, que foi prata na Rio 2016, e o revezamento 4x100m universal. E mandou um recado: “Eu sei que a medalha virá. Eu não sei o que as outras vão fazer, mas sei que vou estar na frente. Eu tenho certeza que vou estar na frente”.
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