A Reuters revelou na última terça (20/06) que documentos internos do vaticano comprovam que será tema de discussão como acolher pessoas LGBTQIA+ na Igreja. O documento de 50 páginas se chama Instrumentum Laboris e é feito para sínodo global dos bispos.
O sínodo está em preparação há dois anos, período em que católicos de todo mundo foram questionados sobre sua visão para a Igreja. A primeira sessão dos debates acontecerá em outubro deste ano e a última em outubro de 2024. Depois o Papa escreve o que é conhecido como Exortação Apostólica, um documento oficial que expõe seus pontos de vista sobre quais recomendações devem ser adotadas.
Uma pergunta no documento levanta “como podemos criar espaços onde aqueles que se sentem feridos pela Igreja e indesejados pela comunidade se sintam reconhecidos, acolhidos, livres para fazer perguntas e não julgados?”. Em outro momento há o questionamento sobre “que medidas concretas são necessárias para acolher aqueles que se sentem excluídos da Igreja por causa de seu status ou sexualidade”.
Atualmente a Igreja Católica ensina que a atração pelo mesmo sexo não é pecado, mas atos homossexuais são. Especialistas alertam porém que não se deve presumir que quaisquer ensinamentos da Igreja sobre moralidade sexual mudariam por causa da consulta. Por exemplo, quando questionado sobre o documento, o arcebispo de Luxemburgo, Jean-Claude Hollerichrespondeu: “Não houve reunião conspiratória entre os cardeais sobre como podemos acrescentar pontos progressistas à Igreja”.
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