Ao entrar no Stade de France ontem (30/08) para competir na prova do arremesso do peso F55, Fadi al Deeb, único atleta palestino nesta edição dos Jogos Paralímpicos, tinha uma mensagem em mente para passar. “Quero mostrar ao mundo que a Palestina ainda existe, que ainda temos esperanças e sonhos a realizar”, disse em entrevista à France 24.
Na prova em que o brasileiro Wallace Santos terminou na quarta colocação, Fadi ficou em nono lugar. Mas o resultado final era o que menos importava para o palestino. “Estou competindo pelos mais de 40 mil mortos e mais de 90 mil feridos em Gaza”, afirmou o atleta que foi vítima da guerra entre Palestina e Israel.
Em 2001 foi atingido por um atirador israelense e ficou paralisado da cintura pra baixo. Ele chegou a integrar a seleção palestina de vôlei com 16 anos, mas um ano depois foi atingido nas costas durante a Segunda Intifada, revolta civil dos palestinos contra a ocupação israelense. Depois chegou a praticar tênis de mesa e basquete em cadeira de rodas, mas em 2007 começou a treinar arremesso do peso, lançamento do dardo e lançamento do disco a convite da Federação de Atletismo da Palestina.
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