Para celebrar figuras femininas e a força da mulher, Rochelly Rangel foi convidada para criar drinks para os hotéis Hilton do Rio de Janeiro. As três criações ficam em cartaz no Hilton Barra e Hilton Copacabana até agosto.
Rochelly participou do TransGarçonne, extensão universitária da UFRJ que prepara pessoas trans para o mercado de trabalho no ramo da gastronomia, e se tornou embaixadora do programa. Sua paixão pela coquetelaria lhe rendeu ainda o título na terceira edição do reality show de coquetelaria “Bar Aberto”.
O convite foi uma honra, especialmente por ser talvez a primeira mulher trans e preta a realizar essa atividade em uma grande marca que apoia causas importantes, principalmente ligadas à comunidade LGBTQIA+
Rochelly celebra o convite da Hilton
Com as cores da bandeira trans e muito glitter comestível, Marsha, uma homenagem para Marsha P. Johnson, travesti e ativista norte-americana que foi uma das principais figuras da Rebelião de Stonewall, leva vodka, goiaba, suco de hibisco e espuma de gengibre. Para Rochelly, a homenagem é uma forma de lembrar a luta de trans e travestis contra o preconceito.
Símbolo antirracista e antissexista no Brasil, Glória Maria é também uma das homenageadas. A primeira repórter a entrar ao vivo e a cores na TV brasileira, em uma época em que poucas eram as mulheres pretas a terem espaço no jornalismo ganhou um drink com seu nome feito com vodka, ramazzotti rosato, jaca, maracujá, limão e angostura.
Claro que o coquetel que rendeu a vitória no reality não podia ficar de fora. Oxum é feito com gim, manga, maracujá, limão, água tônica, manjericão e um toque de pimenta da Jamaica. “Oxum, a orixá da fertilidade e do amor, é a minha mãe de cabeça e me guia na minha jornada de evolução espiritual”, explica a Rochelly Rangel.
What do you think?