A maior Parada do Orgulho LGBTQIA+ do mundo acontece no Brasil. A frente da ONG que organiza o evento, mas também atua ao longo do ano na busca por direitos e no acolhimento da comunidade através de atividades educativas, sociais e culturais, Claudia Regina nos contou em entrevista exclusiva quais são os principais desafios pela frente.
A Presidenta da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP) falou sobre os desafios de sua gestão a frente de entidade tão importante para a comunidade LGBTQIA+. Sua maior preocupação é garantir um espaço inclusivo para todos e manter a entidade sempre evoluindo nas pautas atuais.
O maior desafio na minha gestão é garantir que apesar de eu ser
Claudia Regina, Presidenta da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo
uma pessoa com uma militância antiga e de esquerda, saber conversar e convergir a atuação da Associação com todes Lgbt+, e agregar novas pautas de novas expressões.
Claudia também falou como o SUAS (Sistema Único de Assistência Social) poderia estar contribuindo mais para a comunidade e destacou que é preciso criar cotas para a população LGBTQIA+ previstas em lei. “Precisa de uma definição clara, senão dependendo da cidade ou do estado os poderes podem simplesmente não incluir”, explica.
A Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo trouxe como tema este ano “Queremos políticas sociais para LGBT+, por inteiro e não pela metade”, cobrando dos governos uma atuação que na prática garanta a inclusão da comunidade. Entre as reivindicações, por exemplo, está a inclusão de casais LGBTQIA+ em programas de assistência social, como “Minha Casa, Minha Vida”. A maior parte dos programas, serviços e benefícios excluem essa população com barreiras como requisitos inalcançáveis por integrantes da comunidade.
Questionada onde estão os principais gargalos para a população LGBTQIA+, Claudia listou a falta de emprego, casa e saúde. “Infelizmente não te como colocar onde pesa mais, mas os LGBTs em situação de rua é o mais grave”, finalizou.
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