Os Jogos Olímpicos Paris 2024 já entraram para a história como a edição com menor diferença entre atletas homens e mulheres participando. A busca pela equidade de gênero no principal evento esportivo do mundo contudo está esbarrando em falas sexistas por narrados e comentaristas.
No primeiro fim de semana de competição, durante uma prova da natação, Bob Ballard que narrava a competição para o canal Europost foi o primeiro a ter uma fala problemática. Durante a premiação do revezamento 4×100 feminino ele comentou: “Bem, as mulheres estão terminando. Vocês sabem como elas são. Andam por aí, se maquiam”. O canal então afastou o profissional da cobertura dos Jogos Olímpicos e pediu desculpas pela fala.
O outro caso aconteceu durante a disputa do tênis feminino, na última terça. Segundo nota do Sindicato de Jornalistas Esportivos da França, um comentarista da rádio RMC teve a fala sexista durante a partida em que as francesas Caroline Garcia e Diane Parry enfrentavam as italianas Sara Errani e Jasmine Paolini. “À esquerda tem a Sara Errani, que manda. Ela faz tudo: a louça, a cozinha, o esfregão”, falou o comentarista durante a transmissão. A entidade de pronunciou afirmando que “comentários sexistas e misóginos não têm lugar numa competição internacional”.
Segundo informações da Veja Rio (clique no link para ler mais a respeito) a preocupação com o tratamento das atletas mulheres em Paris 2024 chegou até a OBS, empresa responsável pela geração de imagens de todas as competições, que orientou seus câmeras, na maioria homens, a não fazer imagens de ângulos diferentes nas disputas do masculino e do feminino.
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