A chegada do Viagra ao mercado promoveu uma revolução na forma como a disfunção erétil é tratada, ajudando a melhorar a vida sexual de milhões de homens. Porém, não só quem clinicamente tem indicação está usando. Por isso é importante ressaltar os riscos do uso do Viagra de forma recreativa e sem acompanhamento médico são preocupantes.
Para entendermos, desde 1998 mais de 128 milhões de comprimidos de Viagra foram comercializados apenas no Brasil. Os números demonstram a importância do remédio, mas também alertam para o uso indiscriminado, em especial por pessoas que querem ter um desempenho sexual mais duradouro e jovens como forma de controlar a insegurança e a ansiedade na hora da relação sexual.
O urologista João Brunhara, co-fundador da Omens, plataforma de saúde e bem-estar masculino, destaca a importância da indicação médica para o uso do Viagra: “Para que o tratamento surta efeito e não prejudique a saúde geral do paciente, é fundamental que um profissional qualificado, como um urologista, seja consultado para avaliar e identificar a causa subjacente da disfunção erétil”.
Entre os riscos do uso do Viagra de forma indiscriminada estão o comprometimento da visão, além de problemas cardíacos e até mesmo perda da audição. Pesquisadores da Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, descobriram que o uso contínuo e prolongado de remédios para disfunção erétil pode aumentar em até 85% o risco de contrair doenças como descolamento de retina, oclusão venosa da retina (OVR), neuropatia óptica isquêmica (NOI), entre outras.
Por isso o especialista faz um importante alerta. “É mito que os remédios para disfunção erétil aumentam o desejo sexual e são afrodisíacos. Eles ajudam a melhorar a capacidade de um homem em obter e manter uma ereção aumentando o fluxo sanguíneo na região peniana, mas não curam o problema da disfunção”, ressalta João Brunhara.
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