A inclusão de pessoas não binárias na língua é um dos debates mais acalorados do momento. Mas as linguagem inclusiva vai muito além do “todes” e algumas técnicas podem ajudar na aceitação de uma evolução que levará posteriormente ao reconhecimento linguístico correto para ser referir a essa comunidade. No Dia do Orgulho Não Binário (14/07), trazemos o debate de como já se tornar mais inclusivo, mesmo sem querer usar as variações que já se tornam cada vez mais comuns.
Recentemente o Governo Federal adotou em seus pronunciamentos oficial a inclusão do “todes” no momento de boas-vindas, o que tornou o debate ainda mais forte nas redes sociais. A inclusão do chamado “terceiro gênero” nas falas é tão somente uma forma de demarcar o reconhecimento da existência desse grupo, assim como já é mais habitualmente feito com o “todas” para destacar a presença e reconhecimento das mulheres.
O falso argumento de que o uso seria contra as normas linguísticas do português é facilmente desconstruído pela simples constatação de que a língua portuguesa está em constante evolução. Contudo para avançar no debate algumas pessoas aconselham inicialmente a substituição de palavras por outras que não demarquem o binarismo de gênero. Um exemplo é substituir o “como vai o senhor/senhora?” por “como vai você?”.
Lançado em 2021, o Manual de Linguagem Inclusiva traz técnicas para minimizar marcadores de gênero na escrita e na fala. Ressaltando a importância da linguagem neutra, André Fischer, criador do manual, destaca que o mesmo não é uma tentativa de alterar regras. “São dicas e reflexões que mostram que com substituições simples podemos ter uma linguagem inclusiva. O mais importante é o principio da empatia”, explica.
André acredita que a adoção dessas substituições é o primeiro passo para iniciar o debate que mais cedo ou mais tarde a sociedade terá que fazer, que é a adoção do terceiro gênero da língua portuguesa.
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