O chocolate é um dos alimentos mais consumidos no mundo. Só no Brasil, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), no nosso país há em média 300 gramas de consumo por mês por pessoa. Há diferentes benefícios como presença de teores de proteínas, fibras e polifenóis, além dos estímulos sensoriais capazes de gerar bem-estar. Mas há também preocupação e uma delas é a ideia de que chocolate causa acne.
Dra. Dani Menezes, dermatologista da Clínica Áurea, explica que a relação não é todo errada, mas que o problema não é o chocolate em si, e sim o consumo excessivo de açúcar que estimula o processo acneico. “O consumo excessivo de açúcar desencadeia um processo em que as moléculas de açúcar e carboidrato se unem às proteínas importantes da nossa pele, como colágeno e elastina, isso acaba prejudicando o funcionamento dessas proteínas. O alto índice glicêmico vai aumentar a produção do sebo pelas glândulas sebáceas e potencializar o surgimento da acne em quem já tem tendência ao surgimento. Outros alimentos podem estimular isso, como massas, arroz branco, pão branco, batata e bolachas”, explica.
O excesso no consumo do chocolate pode trazer outras questões, tais como diarreia, refluxo, dores abdominais, náuseas e dores de cabeça. Além disso, o açúcar impacta diretamente na pele, potencializando a flacidez e o envelhecimento precoce.
Contudo a especialista destaca que consumir o produto de forma moderada pode trazer benefícios, tendo ação antioxidante e melhorando a saúde do coração: “Comer chocolate não faz mal, mas desde que você escolha um bom chocolate. Opções em torno de 70% de concentração de cacau são os melhores, porque terá menos adição de outros componentes como açúcar e leite que são o que costumam causar esses picos glicêmicos”.
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