Se nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e Tóquio 2020 apenas um atleta LGBTQIA+ competiu com sua sexualidade aberta, em Paris 2024 será diferente. Um dos exemplos de diversidade entre os competidores não é novato em Paralimpíada, mas pela primeira vez o islandês Mar Gunnarsson competirá com sua orientação sexual de conhecimento do público.
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Aos 24 anos ele retorna para a disputa nas piscinas depois de ter quase desistido pós Tóquio 2020. Ele nadará a prova dos 100m costas S11 , para nadadores com deficiência visual, no dia 01/09, tentando melhorar sua colocação na capital japonesa. Se na última Paralimpíada ele ficou no quinto lugar, chegar credenciado com um recorde mundial para brigar por medalhas em Paris. Ele fez o melhor tempo nos 200m costas a poucos meses, mas a prova não é disputada nos Jogos Paralímpicos, por isso disputará os 100m.
Ao contrário de três anos atrás, quando também competiu no estilo livre, borboleta e medley individual, dessa vez o nadador está focado em apenas uma prova. “Depois de Tóquio, eu estava farto e decidi desistir. Mais tarde, porém, descobri que sentia falta da natação e voltei ao esporte”, explica Mar sobre o retorno e a decisão de disputar apenas os 100m costas.
Outro marco importante após Tóquio-2020 foi quando falou abertamente sobre sua sexualidade em uma entrevista. “A notícia se tornou viral e a quantidade de apoio que senti da nação islandesa foi incrível”, lembra. Ele contou que esteve este ano no Reykjavik Pride Festival que reuniu cerca de 1/4 da população local.
Além de nadador, Gunnarsson também é cantor e compositor e está aproveitando o clima da competição que se aproxima (a Cerimônia de Abertura dos Jogos Paralímpicos será no próximo dia 28 de agosto) para lançar seu novo single: “Spirit in Montion” – Espírito em Movimento em tradução livre. Esta é a primeira música de um álbum que está gravando com uma orquestra sinfônica.
Ele se tornou famoso como cantor em seu país ao participar ao lado da irmã em um concurso que valia vaga para o Eurovision, principal competição de musica da Europa. O sucesso foi tão grande que ele recebeu uma oferta para estudar música no Royal Northern College of Music, em Manchester (Inglaterra), onde vive, estuda e treina.
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